segunda-feira, 17 de março de 2014

Teste de Trendelenburg



          Esse teste se destina a avaliar a força muscular do glúteo médio (função: abdução e rotação medial da coxa; inervação: Nervo Glúteo Superior L4–S1). O terapeuta deve ficar posicionado atrás do paciente observando as cristas ilíacas súpero-posteriores. E pedir para o paciente sustentar o peso do corpo em uma das pernas.

    

        Em um teste NORMAL, as cristas ilíacas devem estar niveladas. Se isso acontecer significa que o glúteo médio do lado que está sustentando o corpo está contraído, elevando a pelve do lado que está sem peso.
        Já em um teste POSITIVO, a pelve do lado que não sustenta o corpo se abaixa. Se isso acontecer significa que o glúteo médio do lado oposto está fraco (hipotônico ou não funcionante). Isso caracteriza um sinal de Trendelenburg.

          Abaixo temos um vídeo bem interessante em inglês.


Fontes:
HOPPENFELD, S. Propedêutica Ortopédica:coluna e extremidades. São Paulo: Atheneu, 2008.
Canal do YouTube de nabilebraheim.


Algumas Questões de Concurso sobre o tema!(Sempre será atualizada as questões)



FUNRIO – SESDEC/RJ 2008. O sinal de Trendelemburg é observado na marcha do hemiparético em conseqüência de:

A) padrão espástico extensor nos membros inferiores.
B) padrão espástico flexor nos membros inferiores
C) dissociação incompleta das cinturas.
D) impotência funcional dos adutores da coxa ipsolateral ao sinal mencionado no enunciado.
E) impotência funcional dos abdutores da coxa contralateral ao sinal mencionado no enunciado.

GABARITO: Alternativa "E"



FUNRIO – Itaboraí/RJ 2007.A marcha dos hemiparéticos se caracteriza pelo “sinal de Trendelemburg”, cuja manifestação é devida à impotência do músculo:

A) anteversor
B) rotador interno da coxa
C) abdutor da coxa
D) quadrado lombar
E) adutor da coxa

GABARITO: Alternativa "C"



INSS/2013. Na avaliação do equilíbrio pélvico, quando o paciente estiver apoiado somente em um membro inferior e a pelve apresentar abaixamento contralateral ao membro apoiado, expressa o sinal de Trendelemburg, significando impotência do:
A) glúteo médio do lado do membro inferior não apoiado.
B) quadrado lombar e do glúteo maior do lado do membro inferior não apoiado.
C) quadrado lombar do lado do membro inferior apoiado.
D) glúteo médio do lado do membro inferior apoiado.
E) quadrado lombar e do psoas-ilíaco do lado do membro inferior apoiado.

GABARITO: Alternativa "D"

domingo, 13 de outubro de 2013

Parabéns Fisioterapeutas!


Uma homenagem ao nosso dia!



App de Anatomia

Um aplicativo com 41 animações explicativas de cada sistema anatômico. Separados em:


Sistema cardiovascular
- O coração
- Irrigação cardíaca. As coronárias.
- Os grandes vasos
- A circulação: o sistema arterial e venoso
- Estrutura dos vasos arteriais e venosos

A pele
- O órgão cutâneo
- A epiderme, estrutura e principais células
- A derme
- A hipoderme
- A unidade pilossebácea
- As glândulas sudoríparas
- As unhas

Sistema digestório
- Anatomia do aparelho digestivo
- Anatomia do esôfago e do estômago
- Anatomia do pâncreas
- Pâncreas exócrino e endócrino

Sistema genital feminino
- O trato genital superior
- O trato genital inferior
- Anatomia e fisiologia mamárias

Sistema respiratório
- O sistema respiratório
- As fossas nasais (o nariz)
- Os seios paranasais
- A orelha
- Anatomia broncopulmonar: generalidades. A traquéia e os brônquios.
- Estrutura da parede dos brônquios

Sistema nervoso
- Organização do sistema nervoso
- Células do sistema nervoso
- Neurotransmissores
- Sistema nervoso central
- Sistema nervoso periférico

Sistema osteoarticular
- Esqueleto. Generalidades
- Classificação dos ossos
- Osso compacto e esponjoso
- Funções do esqueleto
- Componente do osso
- O sistema musculoesquelético
- Articulações e sistema musculoesquelético

Sistema urogenital
- Anatomia e fisiologia renais
- Anatomia e fisiologia prostáticas
- Anatomia do pênis, o tecido erétil
- A circulação do sangue no pênis

Captura de tela do iPhone 1Captura de tela do iPhone 2


O App está disponível na AppStore.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Propriocepção ou Cinestesia

Propriocepção foi primeiramente descrita por Sherrington em 1906, que a descreveu como sendo um tipo de feedback dos membros ao sistema nervoso central (SNC).


CHARLES SHERRINGTON



O SNC processa estas informações vindas de terminações nervosas especializadas ou de mecanorreceptores que estão localizados na pele, músculos, tendões, cápsulas articulares e ligamentos. E juntamente com os inputs vestibular e visual, os mecanorreceptores fornecem ao SNC informações sobre a posição do membro.
Portanto, as informações proprioceptivas constituem um papel importante para a manutenção do equilíbrio corporal, permitindo assim um controle dos membros e do corpo sem ao menos olharmos para eles.
Os proprioceptores transmitem a sensibilidade cinética, postural, barestesia, dor profunda e vibratória.

Nos videos abaixo vemos alguns exemplos de exercícios de propriocepção.




Propriocepção de Membros Inferiores:




CUIDADO: Cinestesia é diferente de Sinestesia.
                    Cinestesia = a propriocepção.
                    Sinestesia = uma confusão de sentidos. (Ex. Alguém dizer que comeu alguma coisa com gosto de vermelho)

domingo, 18 de agosto de 2013

Escala Analógica Visual de Dor

A Escala Visual Analógica (EVA) consiste em auxiliar na aferição da intensidade da dor no paciente. 
É um instrumento importante para verificarmos a evolução do paciente durante o tratamento. Também é útil para podermos analisar se o tratamento está sendo efetivo, quais procedimentos têm surtido melhores resultados, assim como se há alguma deficiência no tratamento, de acordo com o grau de melhora ou piora da dor.


A EVA pode ser utilizada no início e no final de cada atendimento. Para utilizar a EVA o avaliador deve questionar o paciente quanto ao seu grau de dor sendo que 0 significa ausência total de dor e 10 o nível de dor máxima suportável pelo paciente.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Cadeia Cinética


Os conceitos e princípios da cinesiologia e biomecânica humana evoluíram a partir dos estudos da engenharia mecânica.
A ideia de Cadeia Cinética nasceu em 1955 pelo estudioso Steindler. Ele usou teorias da engenharia mecânica de cinemática fechada e conceitos de ligações para descrever a cinesiologia humana.
Sendo então comparado com um sistema articulado, onde ambas as extremidades são fixas e o movimento de um das articulações determina o movimento de todas as outras.
Com esse modelo, cada um dos segmentos articulares do corpo (tornozelo, joelho, quadril, lombar, cervical, ombro, cotovelo, punho) envolvidos em um determinado movimento constitui uma ligação ao longo das cadeias cinéticas.




Cadeia Cinética Aberta (CCA)


CCA é aquele que ocorre quando o segmento distal de uma extremidade move-se livremente no espaço.



Características da CCA


  • Segmento distal está livre para se mover;
  • Movimentos balísticos e pendulares (movimento articular independente);
  • Aumento das forças de cisalhamento articular;
  • Diminui compressão articular;
  • Aumento das forças de aceleração;
  • Diminuição das forças de resistência;
  • Formas de aceleração concêntrica e desaceleração excêntrica;
  • Melhora a força e amplitude de movimento;
  • Maior risco de lesão.



Cadeia Cinética Fechada (CCF)


Um movimento em Cadeia Cinética Fechada (CCF) é definido como aquele nas quais as articulações terminais encontram resistência externa considerável a qual impede ou restringe sua movimentação livre.


Características da CCF


  • Segmento distal está fixo (estacionário);
  • Diminui cisalhamento articular;
  • Aumenta compressão articular;
  • Músculos antagonistas e agonistas bem envolvidos (movimento funcional, vários músculos; movimentos articulares interdependentes);
  • Essenciais para exercícios específicos de esporte e reabilitação;
  • Aumento das forças de resistência;
  • Estimulação dos proprioceptores;
  • Aumento da estabilidade articular;
  • Aumento da estabilidade dinâmica.



A interpretação e a aplicação dessas condições produzem considerável inconsistência e ambiguidade na literatura atual sobre treinamento resistido. O segmento distal precisa estar absolutamente fixo para ser classificado como um movimento de cadeia cinética fechada? Se o componente periférico permanece em contato, mas desliza pela superfície de suporte quando encontra resistência, esse movimento é caracterizado como um movimento de cadeia cinética fechada? Então o leg press é qualificado sendo o que?


KISNER, C,; COLBY, L. A. Exercicios Terapêuticos - Fundamentos e Técnicas. Manole, 2005.
Bodybuilding Anatomy de Nick Evans

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Lei do côncavo-convexo

O movimento articular é uma combinação variável de movimentos acessórios (rolamento, deslizamento ou giro).
E a variação dessa combinação depende da direção em que ocorre o movimento, da área de superfície do osso estacionário ou em movimento.

"Se um osso da convexidade move-se sobre o osso que apresenta a concavidade, a superfície convexa move-se em sentido oposto ao do segmento ósseo." (Lehmkuhl, 1997)

Explicação: Quando um osso convexo move-se sobre um côncavo, ele deve primeiro realizar um movimento de rolamento anterior e deslizamento posterior. Portanto, as direções são opostas.







"Se o osso com a concavidade for movido sobre o osso com a convexidade, a estrutura côncava se moverá no mesmo sentido do segmento ósseo."


Explicação: Quando um osso côncavo for movido sobre um osso convexo, a estrutura côncava deve primeiro rolar anterior e deslizar anterior. Portanto, as direções dos dois movimentos são para o mesmo sentido.